Trabalhar em família no próprio negócio tem seus prós e contras. Entenda os desafios mais frequentes para realizar a gestão de empresas familiares.
Muitas empresas de sucesso no Brasil e no mundo começaram dentro da própria família. Alguns exemplos disso são a JBS S.A, Marfrig Global Foods S.A, Metalúrgica Gerdau S.A, Votorantim Participações S.A, Magazine Luiza S.A, entre outras. O faturamento da receita dessas e outras empresas familiares corresponde àa terceira maior economia do mundo.
Já no Brasil, este modelo de negócio representa 40% do PIB, mas em alguns países esse número chega a 90%. Assim dá para entender a dimensão do poder destas famílias na economia. Mas fazer a gestão de empresas familiares não é para amadores. É preciso administrar questões que ultrapassam as relações profissionais de trabalho e que chegam dentro de casa.
Neste post vamos abordar várias situações que ocorrem na gestão das empresas de família, os principais desafios enfrentados por elas e como é possível fazer valer a pena trabalhar com pessoas de sua confiança unidas por laços de sangue.
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Tenha regras e cargos definidos
Definir regras, cargos e responsabilidades é o primeiro passo para não ter dor de cabeça dentro dos negócios familiares. Esta definição evita problemas que ocorrem ao “empregar” alguém da família, independente do grau, em uma função diferente da sua formação acadêmica. É muito comum neste modelo de gestão, arrumar cargos para membros da família, mesmo sem nenhum conhecimento ou habilidade para a função. Este é o primeiro passo para que os negócios comecem de forma errada.
Empresas bem sucedidas dissolvem as pessoas em funções para as quais estão preparadas, definindo a responsabilidade que o profissional terá, além da transparência nas ações e atividades realizadas. Desta forma é possível avaliar desempenho e cobrar por resultados, independente do grau de parentesco. Sempre é preciso deixar bem claro que todos estão no mesmo barco, remando para o mesmo lado, se alguém remar para o lado oposto, o barco não vai para lugar nenhum e ainda corre o risco de naufragar sem sair do cais do porto.
Outra maneira de remar para o lado oposto, é quando os gestores dão tratamento diferenciado para algumas pessoas da família em detrimento de outras. Assim, o negócio já começa de forma errada. Se por um lado trabalhar com pessoas da família gera confiança e mais proximidade, dar privilégios para estes é algo que deve ser evitado para garantir uma atuação profissional, além de fugir dos conflitos internos. Tratamento igual, independente dos laços de família, é uma forma de não perder bons funcionários que podem se sentir prejudicados e desmotivados quando alguém da família é preterido frente a um colaborador.
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(In)competência na gestão dos negócios
A realidade, principalmente das pequenas empresas familiares, é a falta de estrutura organizacional com planejamento para curto, médio e longo prazo. A ausência de maturidade na gestão, sem a formalização dos processos ou política de gestão de pessoas dentro da realidade em que estão inseridos, é uma prova de problemas de gestão.
Muitos destes casos ocorrem quando os herdeiros do empreendimento assumem o negócio, mas têm baixo nível de maturidade e conhecimento para administrar. Nesta situação, é possível observar vários problemas, como:
- Não há planejamento das ações e dos objetivos a curto, médio e longo prazo;
- Sistema de gestão retrógrado que se tornou obsoleto nos dias atuais;
- Análise e controle de processos inadequados ou inexistentes;
- Gestão centralizadora e engessada sem visão para a inovação e tecnologia;
- Formas de comunicação do empreendimento de maneira ineficiente sem a visão de buscar canais onde os clientes estão inseridos;
- Costuma misturar as contas pessoais com as da empresa. Mas isso é assunto para o próximo subtítulo. Acompanhe:
Contas pessoais X contas empresariais
Um dos principais problemas enfrentados na gestão de negócios, é quando o gestor e proprietário do empreendimento não tem o discernimento ou conhecimento de separar as contas pessoais das contas empresariais, não colocando tudo no mesmo bolo. Este é o primeiro passo para a falência.
Separar as contas faz bem tanto para o bem da saúde financeira da empresa, quanto para as contas pessoais. Há muitos riscos em não dividir estas duas fontes, como:
- Misturando as contas, você não consegue fazer um planejamento eficiente, tanto da empresa quanto da sua renda pessoal porque não sabe quanto pode investir e quais recursos realmente estão disponíveis;
- Não vai saber se o pró labore é justo e se a rentabilidade da empresa é a planejada;
- Ao usar o dinheiro pessoal na empresa e vice versa, pode faltar verba logo ali na frente para ambas as partes;
- Incertezas nas contas das duas partes;
- Problemas ao declarar Imposto de Renda com dificuldade de mostrar o que é seu e o que é da empresa.
Para melhorar esta forma de comandar, é que existem ferramentas de gestão eficiente para fazer uma boa administração da sua empresa, sem correr riscos.
Como profissionalizar e otimizar um estabelecimento familiar
Um dos primeiros procedimentos ao abrir uma empresa familiar, além de definir cargos e responsabilidades, é realizar um planejamento. As reuniões da equipe administrativa devem ocorrer com constância, Além disso, no final de cada ano, é preciso realizar um debate mais amplo para definir o planejamento estratégico do ano seguinte.
Outro ponto importante para profissionalizar a empresa e otimizar o trabalho, é contratar uma ferramenta para a gestão dos negócios. Com um Software ERP, é possível fazer um controle dos processos internos, desde o estoque, colaboradores, matéria prima, além de toda a parte administrativa e financeira da empresa.
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