Como abrir um restaurante: passo a passo para iniciar do zero

Clique e descubra como abrir um restaurante em um passo a passo com tudo que você precisa saber para iniciar seu empreendimento.

Sumário

Você já deve imaginar que não basta encontrar um espaço e imediatamente começar as atividades do restaurante, certo? 

Antes mesmo de encontrar um local ideal e de contratar uma equipe – entre outras dicas que você confere mais adiante –, é preciso planejar muita coisa.

Se você está pensando em começar um negócio nessa área, confira um passo a passo e descubra como abrir um restaurante!

Saiba mais: 10 dicas para abrir restaurante e começar com o pé direito

11 passos para abrir um restaurante

1 – Analisar o mercado

Comece avaliando como está o mercado na sua região. Estude os futuros concorrentes, o perfil de consumo do seu público-alvo e o momento do segmento na região.

Assim, você terá uma ideia se vale a pena investir no empreendimento e o que esperar em termos de movimento de clientes e da concorrência.

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2 – Avaliar o investimento necessário (e o retorno esperado)

Depois de tomar sua decisão e entender o panorama no qual o seu futuro restaurante estará inserido, é hora de fazer projeções sobre o investimento necessário para o seu restaurante.

Dessa forma você pode, antes mesmo de iniciar o empreendimento, já ter uma ideia de quanto tempo poderá levar para recuperar o investimento e quais serão suas métricas de sucesso. 

Uma boa regra de mercado é calcular o valor máximo de investimento de acordo com o que você espera ter de faturamento. Sendo assim, o lucro líquido não pode ser menor do que 4% do investimento no negócio. Assim você já inicia com melhor saúde financeira e pode projetar o futuro do restaurante com dados mais concretos.

Confira também: Payback: entenda o que é e saiba como calcular

3 – Definir o tipo de restaurante

Pode parecer até óbvio, mas é importante definir qual será o estilo do restaurante. Você provavelmente já tem isso bem claro na sua cabeça, mas esse perfil de estabelecimento precisa estar registrado também de forma oficial, inclusive no plano de negócio (saiba mais sobre ele logo adiante).

De forma geral, existem quatro possibilidades: à la carte, rodízio, fast-food e comida típica.

À la carte: é o modelo mais conhecido, em que os clientes escolhem itens de um cardápio, que são preparados na hora.

Rodízio: nesse formato não há uma quantidade definida do que será servido, nem exatamente qual o prato (geralmente, somente um tipo de comida). Os clientes pagam um valor e podem consumir variedades desse item quantas vezes quiserem.

Fast-food: são os restaurantes que costumam vender lanches e outras receitas mais rápidas, de fácil preparo e consumo.

Comida típica: aqui se enquadram os restaurantes com comidas específicas de alguma região ou mesmo com um preparo próprio. Alguns exemplos são restaurantes de comida japonesa, de comida vegetariana e churrascarias.

Na hora de escolher uma categoria, leve em conta a sua preferência, a aceitação do público da região, número e nível de concorrência e a infraestrutura necessária para cada um.

Leia também: Quais os melhores tipos de restaurantes para investir?

4 – Criar um plano de negócio

O plano de negócio é a espinha dorsal do seu empreendimento. Ele deve indicar qual será a estratégia do estabelecimento, descrever as atividades que serão feitas, os espaços físicos que o restaurante terá, os membros da equipe e as responsabilidades de cada um.

Além disso, ele também aponta de onde virão os investimentos e quais serão os custos para a operação do negócio. Por isso, contar com um plano de negócios é fundamental para um bom início e também para a melhor tomada de decisões.

Cada plano de negócios tem características próprias de acordo com o tipo de estabelecimento, do mercado de atuação, das estratégias de negócio e da forma de operação.

Porém, existem algumas dicas de itens que costumam estar na maioria dos planos. Confira abaixo e lembre-se de usar aquilo que fizer sentido para o seu futuro restaurante:

  • resumo dos seus objetivos;
  • descrição do perfil de consumidor almejado;
  • detalhes da operação, como área, equipamentos, ferramentas etc.;
  • investimento inicial;
  • estimativa de faturamento desejado;
  • estimativa dos custos operacionais iniciais;
  • plano de marketing e de vendas;
  • produtos que serão oferecidos.

Leia também: 5 ideias de restaurantes para você ganhar lucratividade

5 – Cuidar da parte burocrática

Ter atenção com a burocracia de iniciar um empreendimento é fundamental. Assim, você garante transparência e legalidade para seus futuros colaboradores e clientes, e, claro, evita problemas legais.

Alguns dos documentos necessários são o registro do restaurante na Junta Comercial, a inscrição do CNPJ na Receita Federal, registro na Secretaria da Fazenda e diversos alvarás de autorização. 

Uma dica é contar com o apoio de uma assistência contábil e jurídica para garantir que tudo está em ordem.

6 – Pensar na infraestrutura

Certifique-se de que o seu futuro restaurante terá todos os equipamentos, acessórios, ferramentas e eletroeletrônicos necessários para a operação. 

Leve tudo em consideração: utensílios de cozinha, equipamentos de armazenagem e até mesmo um software de restaurante. Alguns exemplos que não podem faltar são:

  • variadas panelas,
  • eletrodomésticos de preparo e armazenamento (fogões e geladeiras/freezers),
  • forno industrial,
  • micro-ondas,
  • processador de alimentos,
  • máquinas de pagamento,
  • computador,
  • impressoras,
  • telefones.

Saiba mais: Equipamentos para bares e restaurantes: veja a lista completa

7 – Escolher um local apropriado

Também tenha atenção com o espaço físico. Procure um ambiente confortável e apropriado para o volume de clientes que você espera receber. E, claro, as áreas em que a sua equipe irá trabalhar (como cozinha, estoque, caixa etc.) também precisam ser adequadas.

Além disso, leve em conta a localização do restaurante em si. Pontos como fácil acesso via transporte público, prestígio do bairro, perfil dos estabelecimentos próximos e segurança pública devem ser levados em conta.

Assim você garante que a clientela chegará facilmente no seu empreendimento e, nesse processo de deslocamento, terá uma experiência agradável.

8 – Contratar uma boa equipe

Seja criterioso na hora de contratar a equipe do seu restaurante. Afinal, de nada adianta ter um ambiente impecável se as pessoas que dão conta da operação não forem eficientes em suas atividades.

Para isso, tenha um processo seletivo claro, desafiador e humanizado. Assim, fica mais fácil de entender se cada pessoa candidata possui as habilidades necessárias (ou conseguirá aprendê-las) e também conta com as capacidades interpessoais apropriadas para esse ramo.

Além disso, lembre-se de sempre realizar treinamentos para a equipe regularmente. Dessa forma, todas as pessoas se mantêm atualizadas sobre os processos e ferramentas e você garante qualidade e eficiência constante para a operação do estabelecimento.

9 – Montar um cardápio irresistível

Você com certeza sabe que um bom restaurante precisa oferecer boa comida. Por isso, um cardápio irresistível não significa, aqui, ter pratos de dar água na boca, mas sim saber como montar esse menu da forma mais chamativa e eficiente.

Através da engenharia de cardápio você descobre quais pratos são mais lucrativos, quais são os mais populares e quais são aqueles que precisam de uma “forcinha” para ganharem atenção.

Com essas informações, você garante que todos os clientes possam facilmente identificar o item que procuram no cardápio. Além disso, um bom cardápio permite solidificar a identidade visual e a marca do seu restaurante.

10 – Selecionar bons fornecedores

Uma das maiores dificuldades de administrar um restaurante é encontrar bons fornecedores. Eles fazem grande diferença na qualidade das receitas e na eficiência da operação. Além disso, eles têm impacto relevante nos custos operacionais.

Por isso, procure contratar fornecedores de confiança, que tenham renome no mercado e possam garantir a qualidade dos produtos/serviços oferecidos por eles. 

Contar com indicações de outros empreendedores e fazer pesquisas de mercado são formas de evitar erros e acertar na escolha.

Depois, lembre-se de fazer uma avaliação periódica dos seus fornecedores atuais, garantindo o padrão de qualidade e reafirmando sua atenção com a entrega deles. 

Se necessário, não hesite em buscar novos parceiros – afinal, a qualidade do seu restaurante é o mais importante.

11 – Planejar a divulgação do restaurante

Como você já viu, a divulgação do estabelecimento deve estar prevista desde o plano de negócios. Ou seja: a propaganda realmente é a alma do negócio. Afinal, de nada adianta ter um restaurante impecável se os clientes nem sabem que ele existe.

Por isso, antes mesmo de iniciar o empreendimento, já planeje ações de marketing para restaurantes. Defina qual será a sua linguagem, o tipo de propagandas e também crie perfis nas redes sociais.

O mais importante é entender onde o seu público-alvo está (tanto online quanto fisicamente) e divulgar o seu restaurante nesses espaços. Assim, você tem mais chances de chamar a atenção de pessoas que vão se interessar pelo estabelecimento.

Dessa forma, o empreendimento já pode iniciar com uma clientela conquistada, facilitando o início da empresa e recuperando os investimentos iniciais mais rapidamente.

Leia também: Soft Opening: passo a passo para fazer uma pré-inauguração

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Dúvidas Frequentes

Como abrir um restaurante?

Confira um passo a passo com 11 dicas para abrir um restaurante:

1 – Analise o mercado;
2 – Avalie o investimento necessário;
3 – Defina qual será o tipo de restaurante;
4 – Crie um plano de negócios;
5 – Tenha atenção com a burocrafia;
6 – Planeje a infraestrutura;
7 – Escolha um local apropriado;
8 – Contrate uma boa equipe;
9 – Monte um cardápio irresistível;
10 – Selecione bons fornecedores;
11 – Planeje a divulgação do restaurante.

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Daniel Silva

VP de Finanças e Estratégia da EPOC Tech. Empreendedor experiente com profundo conhecimento nas indústrias de tecnologia, alimentos e bebidas. Especialista em liderança e operações, finanças, estratégia e marketing. Profissional altamente qualificado com MBA em Gestão Estratégica e Financeira pela FGV, Bacharel em Marketing pela ESPM e cursos de Pós-Graduação pela Stanford University.

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